O grupo de investigação Políticas e Intervenções do Barómetro Covid-19 da Escola Nacional de Saúde Pública analisou os óbitos entre os dias 16 de março de 2020, dia em que Portugal notificou o primeiro óbito de COVID-19, e 30 de setembro de 2020, concluindo que houve um excesso de mortalidade de 12% (mais 7.529 óbitos do que aqueles que seriam de esperar com base na mortalidade média dos últimos cinco anos). 68% desses óbitos não foram causados pela COVID-19.
Segundo os investigadores André Vieira, Vasco Ricoca Peixoto, Pedro Aguiar, Giorgio Zampaglione, Paulo Sousa e Alexandre Abrantes, desde o início da pandemia, observou-se uma quebra muito significativa no número de prestações dos serviços de saúde portugueses, os cuidados de saúde primários mudaram significativamente o seu modelo de prestação, substituindo as suas consultas tradicionais por consultas não presenciais e não específicas que aumentaram 116% e observou-se também uma queda de cerca de 8% na procura de cuidados pré-hospitalares.
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