O contexto de pandemia e o efeito das medidas de combate à propagação do vírus nos determinantes sociais e de saúde potenciam o risco de violência doméstica. Com vista a conhecer o fenómeno, o projeto de investigação “VD@Covid19” procurou analisar a violência doméstica psicológica, física e sexual autorreportada durante a pandemia.
Após apresentação dos resultados preliminares numa sessão pública e amplamente divulgados pela comunicação social, resulta do projeto um conjunto de recomendações e de medidas a adotar na sociedade portuguesa para atenuar e conter os impactos da pandemia na violência doméstica, particularmente no quadro da violência de género.
As recomendações apresentadas incidem em três eixos e contemplam os níveis das políticas públicas, intervenção técnica e cidadãos:
Eixo 1: Conhecer
Os resultados do estudo apontam para o complexidade na ocorrência da violência doméstica em tempos de Covid-19, realçando pontos que carecem de maior aprofundamento. Neste sentido, os investigadores fazem dez propostas no sentido de continuar esforços na recolha, análises, integração e divulgação de dados sobre esta temática, a sua caracterização e impactos, contribuindo para uma melhor definição de políticas públicas e planos de ação para a prevenção e combate da Violência doméstica e eficaz apoio às vítimas.
Eixo 2: Planear
O estudo mostrou que contexto da pandemia e o impacto das medidas de combate à propagação do vírus nos determinantes sociais da saúde potenciam o risco de violência doméstica. Assim, o relatório aponta sete ações concretas para o planeamento de intervenções no terreno, para o combate a todas as formas de violência doméstica e de género e de proteção das vítimas em tempos de Covid-19.
Eixo 3: Agir
Sendo a violência doméstica e de género uma realidade em todos os grupos e contextos sociais, os investigadores listam 10 recomendações no sentido de uma prevenção, combate a apoio às vítimas transversal e inclusiva.
Consulte na íntegra o relatório público com os resultados do projeto de investigação VD@COVID19 e as recomendações.