A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, com o apoio da AstraZeneca, desenvolveu um estudo para identificar e consensualizar constrangimentos no seguimento do doente com Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) e possíveis estratégias de atenuação dos mesmos, assim como identificação e consensualização das possíveis estratégias de prevenção das exacerbações e complicações associadas.
De uma forma geral, as conclusões foram as seguintes:
Existem reformas importantes a fazer para melhorar o acesso o diagnóstico a referenciação e o tratamento das pessoas com DPOC em Portugal. Há a necessidade de investir na saúde respiratória, passando pela aposta na formação e na literacia dos profissionais de saúde para a DPOC, nomeadamente ao nível dos Cuidados de Saúde Primários, assim como, um investimento na Medicina Geral e Familiar e em enfermeiros especializados em saúde respiratória nos cuidados primários, evitando assim a referenciação excessiva e o consumo de recursos a nível dos Cuidados Hospitalares.
São necessários novos indicadores para a DPOC nos Cuidados de Saúde Primários, inclusivé indicadores pediátricos. Deve ser melhorada a articulação entre os diferentes cuidados de saúde (Cuidados de Saúde Primários Cuidados Hospitalares Cuidados Domiciliários e/ou ambulatorização), o que inclui uma eficiente integração de sistemas de informação e consequente descentralização das competências hospitalares.
Deve ser promovida uma realização atempada de espirometrias e investir em rastreios e exames de despiste de doenças respiratórias envolvendo as farmácias.
Deve haver uma aposta no aumento da literacia e na auto capacitação da pessoa com DPOC ao nível do reconhecimento dos sintomas, sinais da exacerbação e adesão à terapêutica.
De forma a aumentar a resposta, deve ser promovido o recurso a soluções digitais para Telemonitorização e/ ou Telereabilitação. A prevenção e tratamento atempado das exacerbações é uma importante estratégia na gestão da doença e por conseguinte a redução da morbilidade e mortalidade associada.
Deve ser mantido o foco na realização novos estudos acerca da gestão da DPOC em Portugal, com atualização constante de normas e orientações clínicas, assim como na aposta em terapêuticas inovadoras no combate desta doença.
O projeto foi desenvolvido pelos investigadores da ENSP-NOVA Ana Rita Pedro, Ana Soraia Cunha, Beatriz Raposo e Filipe Dias e é financiado pela AstraZeneca Produtos Farmacêuticos Lda.
Para informações mais pormenorizadas consulte os seguintes documentos:
- Sumário executivo
- Relatório com as principais conclusões