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Desigualdades socioeconómicas e mortalidade prematura no EEE

Publicado a 06/03/2024

O estudo “Subnational inequalities in years of life lost and associations with socioeconomic factors in pre-pandemic Europe, 2009 – 19: and ecological study”, liderado pelo investigador da ENSP NOVA José Chen-Xu e recentemente publicado na conceituada revista científica The Lancet Public Health, constata discrepâncias entre as regiões subnacionais do Espaço Económico Europeu no que diz respeito aos anos potenciais de vida perdidos. As diferenças observadas estão associadas a fatores socioeconómicos.

O estudo, que compreende uma duração de 10 anos (2009-2019), analisou as desigualdades em saúde relacionadas com as diferenças geográficas subnacionais e o seu impacto em anos de vida perdidos (AVPP), isto é, o número de anos que teoricamente uma determinada população deixa de viver se morrer prematuramente.

Os dados mostram que fatores socioeconómicos como o rendimento familiar, risco de pobreza e nível de escolaridade estão associados às diferenças apresentadas entre as regiões, sendo que o número de AVPP é maior nas regiões subnacionais que apresentam estes indicadores com níveis mais baixos.

Os investigadores consideram que os resultados deste trabalho devem ser aplicados para incentivar os diversos stakeholders a abordar as desigualdades em saúde como estratégia para diminuir o peso global das doenças no Espaço Económico Europeu. A análise reporta-se a um período pré-pandemia, pelo que não tem em conta o potencial impacto da COVID-19, tema que é neste momento objeto de estudos a publicar no futuro pela equipa de investigação.

Consulte a notícia do jornal Público sobre o tema: Educação, rendimento e pobreza são factores que influenciam a mortalidade prematura | Demografia | PÚBLICO (publico.pt)