A 26 de setembro assinala-se o Dia Mundial da Saúde Ambiental, promovido pela Federação Internacional de Saúde Ambiental, este ano sob o tema “Ar limpo, pessoas saudáveis”. A data relembra a importância da qualidade do ar como determinante essencial da saúde e bem-estar, reforçando a responsabilidade coletiva de reduzir a poluição e adotar práticas mais sustentáveis.
Na Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA), a saúde ambiental é uma área central de investigação e formação, onde procuramos compreender como fatores como o ar, a água, o solo e a biodiversidade influenciam a saúde das populações. Promover ambientes saudáveis significa prevenir doenças, proteger ecossistemas e construir sociedades mais resilientes e sustentáveis.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a poluição atmosférica é responsável por cerca de 7 milhões de mortes prematuras todos os anos em todo o mundo. Na União Europeia, a Agência Europeia do Ambiente estima que 239 mil mortes anuais estejam associadas à exposição a partículas finas acima das concentrações recomendadas pela OMS. Para além do impacto humano, estes fatores representam elevados custos económicos e sociais, pressionando os sistemas de saúde e travando o desenvolvimento sustentável.
O Departamento de Saúde Ocupacional e Ambiental da ENSP NOVA tem assumido um papel de liderança nesta área, integrando projetos nacionais (PMCardImpact) e europeus de grande impacto como K-HEALTHinAIR, NEMESIS, INTERCAMBIO, PARC e EXPOSIM. Estes projetos avaliam fatores de risco ambientais para a saúde, reforçam a ligação entre ciência e políticas públicas, promovem literacia ambiental e ocupacional e envolvem cidadãos em soluções inovadoras.
“A poluição do ar é um dos maiores riscos ambientais para a saúde humana. Na ENSP NOVA, estamos a desenvolver evidência científica com o objetivo de transformar conhecimento em ação, contribuindo para cidades mais seguras, comunidades mais saudáveis e para um futuro sustentável”, salienta Susana Viegas, coordenadora do Departamento de Saúde Ocupacional e Ambiental da ENSP NOVA e docente da Escola.
Exemplo disso é o projeto PMCardImpact, que identificou a proporção de doença cardiovascular atribuível à poluição do ar por partículas finas, “conhecimento essencial para orientar estratégias de saúde pública e políticas ambientais a nível nacional”, refere Carla Martins, investigadora responsável do projeto.
Ao marcar o Dia Mundial da Saúde Ambiental, a ENSP NOVA reafirma o seu compromisso em gerar conhecimento científico de excelência e formar profissionais capazes de responder aos desafios ambientais que impactam a saúde das populações em Portugal, na Europa e no mundo.
