Contactos: qualsafety.whocc@ensp.unl.pt
Os Centros Colaboradores da Organização Mundial da Saúde (OMS) são instituições especializadas que têm um papel ativo no apoio à OMS no desenvolvimento e implementação de atividades globais de saúde. Formalmente designados pela OMS, estas instituições colaboram na produção de conhecimento científico, técnico, formação e capacitação de profissionais, e desenvolvimento de políticas e estratégias globais, integrando o trabalho regional e global da OMS. Cada Centro Colaborador tem uma área de atuação específica e a renovação da sua designação é realizada mediante avaliação do cumprimento das suas funções e alinhamento com as prioridades da OMS.
A Organização Mundial da Saúde designou, em 2020, a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa como Centro Colaborativo da OMS para as questões da Educação, Investigação e Avaliação da Segurança do Doente e da Qualidade em Saúde/WHO Collaborating Centre for Education, Research and Evaluation of Safety and Quality in Healthcare.
Esta designação de prestígio permite uma interação mais próxima com a OMS e outras redes internacionais de saúde.
Para o período de julho de 2024 a julho de 2028, os termos de referência gerais são os seguintes:
Está a ser desenvolvido:
[Esta iniciativa é coordenada pela OMS e pelo Imperial College team do Global Patient Safety Collaborative, Centre for Health Policy, Institute of Global Health Innovation.]
Atividades realizadas e/ou em desenvolvimento:
Atividades realizadas e/ou em desenvolvimento:
Atividades realizadas e/ou em desenvolvimento:
Atividades realizadas e/ou em desenvolvimento:
[Apoio no âmbito do planeamento, implementação e avaliação de políticas e estratégias nacionais na área da qualidade em saúde em países de baixa e média renda, principalmente, países lusófonos.]
Atividades realizadas e/ou em desenvolvimento:
10-11 de dezembro de 2024 – Atenas, Grécia
O evento “Meeting of the Minds“, organizado pelo Escritório da OMS em Atenas, promoveu a discussão de estratégias para fortalecer a resiliência dos sistemas de saúde na era pós-COVID, com foco na qualidade dos cuidados e segurança do doente. A iniciativa, alinhada com o Programa Europeu de Trabalho 2020-2025, “Ação Unida para uma Melhor Saúde na Europa” e com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável, procura contribuir com soluções inovadoras para responder a desafios globais como as doenças não transmissíveis, o envelhecimento populacional e o uso de tecnologias como inteligência artificial. O encontro destacou a importância do envolvimento de stakeholders, a experiência do doente e a implementação de melhorias na segurança clínica e qualidade dos cuidados.
Tópicos em discussão:
7-11 Outubro de 2024 – Hotel Onyria, Quinta da Marinha, Cascais, Portugal
O Escritório da OMS em Atenas, alinhado com a Agenda 2030 da ONU, promove o acesso universal a serviços de saúde de alta qualidade como parte essencial do desenvolvimento
sustentável. Melhorar a qualidade dos cuidados é crucial para a eficácia dos sistemas de saúde e exige compromisso e transformação. Com o avanço da Cobertura Universal de Saúde, o momento é ideal para fortalecer sistemas que promovam cuidados confiáveis, valorizados e adaptados às necessidades populacionais.
Após o sucesso da 1ª edição da Escola de Outono Europeia sobre Qualidade dos Cuidados e Segurança do Doente em 2023, o Escritório da OMS Europa em Atenas, em parceria com a Escola Nacional de Saúde Pública da NOVA, realizou a 2ª edição, em Cascais, de 7 a 11 Outubro de 2024. O evento procurou ampliar o conhecimento científico e a expertise em qualidade e segurança nos cuidados em saúde, tanto na Europa como a nível global.
Este relatório apresenta a primeira análise transversal da qualidade dos cuidados e da segurança do doente na Região Europeia da OMS. Baseia-se numa análise de dados, a nível macro, de fontes internacionais e nos resultados de um trabalho exaustivo da OMS Europa realizada em 53 Estados Membros. Os resultados, baseados em quarenta e seis indicadores, estão agrupados em duas grandes áreas: governança e funções do sistema de saúde, além de seis dimensões da qualidade dos cuidados e resultados de saúde da população. Os pontos críticos incluem a implementação limitada de planos de ação e políticas nacionais para a qualidade dos cuidados e a segurança do doente, bem como amplas variações nos resultados dos indicadores para dimensões da qualidade dos cuidados, funções do sistema de saúde e resultados de saúde da população em toda a Região. Os resultados do relatório destacam a necessidade de estruturas multidimensionais de melhoria da qualidade e uma abordagem sistémica para a qualidade dos cuidados, com o objetivo de garantir cuidados sustentáveis, equitativos e de elevada qualidade para todos.
O relatório completo pode ser consultado aqui.
O Relatório Mundial de Saúde de 2024, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 21 de maio, destacou os principais desafios e avanços no setor da saúde global. O documento ressalta que, apesar do progresso contínuo em áreas como aumento da esperança de vida e melhoria na cobertura de serviços de saúde, a pandemia de COVID-19 gerou retrocessos significativos. Entre 2019 e 2021, houve uma queda global de 1,8 anos na esperança de vida, voltando aos níveis de 2012, com impactos mais significativos nas regiões das Américas (do Norte e Latina) e no Sudeste Asiático.
O relatório também enfatiza as doenças não transmissíveis (DNTs), como problemas cardiovasculares e cancro, que permanecem as principais causas de morte, responsáveis por 74% do total de óbitos no período pré-pandemia. Adicionalmente, questões como obesidade, desnutrição infantil e desigualdades no acesso à saúde para grupos vulneráveis, como migrantes e pessoas com deficiência, foram igualmente abordados.
Este documentoreforça a importância de fortalecer os sistemas de saúde para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e propõe estratégias inovadoras para
enfrentar as desigualdades persistentes, destacando a importância da prevenção primária e da equidade global em saúde. Sugerimos a sua leitura.
O relatório completo pode ser consultado aqui.
O Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Educação, Investigação e Avaliação da Segurança e Qualidade em Saúde (WHO cc)/ WHO Collaborating Centre for Education, Research and Evaluation of Safety and Quality in Healthcare da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA) foi redesignado por mais quatro anos, para o período 2024-2028.
A atribuição pela OMS da designação de Centro Colaborador reflete o reconhecimento das competências e expertise da ENSP NOVA nas áreas referidas e pressupõe um histórico de colaboração, reconhecida e de elevado valor. A primeira designação da ENSP NOVA enquanto Centro Colaborador para a Educação, Investigação e Avaliação da Segurança e Qualidade em Saúde/ WHO Collaborating Centre for Education, Research and Evaluation of Safety and Quality in Healthcare tinha sido atribuída em junho de 2020.
Leia a notícia completa aqui.
A ENSP NOVA anuncia a sua designação como Centro Colaborador da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a área da Gestão da Saúde. Esta honrosa atribuição reflete o compromisso contínuo da Escola em promover a excelência em saúde pública e gestão da saúde, tanto a nível nacional quanto internacional, sendo o único Centro Colaborador da OMS para a área da gestão da saúde a nível mundial.
Leia a notícia completa aqui.
WHO collaborating center traduziu e reviu, do ponto de vista técnico e cientifico, a versão original do WHO Global Patient Safety Action Plan 2021-2023, documento que reflete a estratégia da OMS e, por consequência, dos Estados-Membros, para a próxima década, para a área da Segurança do Doente.
Indo de encontro a uma das atividades do nosso WHO collaborating Center – colaborar com a OMS na elaboração e/ou tradução de documentos e materiais fundamentais para a área da Qualidade em Saúde e Segurança do Doente, abraçámos o desafio de traduzir e rever esta documento crucial para a definição, implementação e monitorização/avaliação de estratégias e políticas na área da Segurança do Doente a nível global.
Para consultar o plano 2021-2030 em português e/ou outras linguas, clique aqui.
O 1º Encontro “Minds on Quality of Care” organizado pelo Athens Quality of Care Office, Division Country Health Policies and Systems, WHO Regional Office for Europe, teve lugar nos dias 2 e 3 de dezembro em Atenas. Nesse encontro, Portugal esteve representado pelo Prof. Paulo Sousa e pelo Prof. Adalberto Fernandes da Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, pelo Prof. Fernando Araújo, Presidente do Conselho de Administração do Hospital Universitário de São João, Prof. Válter Fonseca. Diretor do Departamento para a Qualidade em Saúde – Direcção-Geral da Saúde, Dr. Alexandre Lourenço Presidente da APAH e Associação Europeia de Gestores Hospitalares, e pelo Dr. António Marques Pinto, Presidente da Associação Europeia de Jovens Médicos.
Compêndio de boas práticas aplicadas (pdf)
Consulte mais informação aqui.
Apoiar os países na adoção da Política e Estratégia Nacional de Qualidade da OMS
O Coordenador do Centro Colaborador da OMS para a Educação, Investigação e Avaliação da Segurança e Qualidade da Saúde, Professor Paulo Sousa, integra o grupo de trabalho OMS/ISQua de apoio aos países na implementação da Política e Estratégia Nacional de Qualidade da OMS, com particular enfoque (mas não restrito) aos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOPS) e Timor Leste.
Alguns membros do Centro Colaborador da OMS para a Educação, Investigação e Avaliação da Segurança e Qualidade da Saúde foram responsáveis pela revisão técnica e científica da versão portuguesa do documento da OMS ”Política e Estratégia Nacional da Qualidade”.
Documento em pdf disponível aqui.
Global Patient Safety Action Plan 2021-2030 pode ser consultado aqui.
Após a World Health Assembly que ocorreu no dia 28 de maio de 2021, a Assembleia concordou em definir uma ação concreta para eliminar os danos evitáveis decorrentes ou associados à prestação de cuidados de saúde, através da adoção do primeiro Plano de Ação Global para a Segurança dos Doentes “Global Patient Safety Action Plan 2021–2030”.
O WHO Global Patient Safety Action Plan 2021-2030 foi apresentado na 74ª Assembleia Mundial da Saúde em 2021 pelo Conselho Executivo na 148ª sessão. Este foi um marco importante na história e a sua adoção proporcionará, pela primeira vez, o estabelecimento de um plano estratégico global para a melhoria da segurança dos doentes. Para tal, foram definidos sete objetivos estratégicos, que podem ser alcançados por meio de 35 estratégias específicas. Este plano de ação dirige-se a todos os stakeholders, nomeadamente instituições/unidades de saúde, decisores políticos/governos, organizações internacionais, organizações intergovernamentais, bem como a sociedade civil.
Neste momento, a OMS encontra-se a iniciar o processo de preparação dos planos de trabalho para o WHO Patient Safety Flagship for the next biennium (2022-2023).
O coordenador do Centro Colaborador da OMS, Prof Paulo Sousa, vai participar na WHP Global consultation – Partners in Action: Engaging stakehoders for implementing the Global Patient Safety Action Plan que se realizou nos dias 4 e 5 de Agosto de 2021.
O Dia Mundial da Segurança do Doente foi estabelecido pela primeira vez em 2019 com o propósito de chamar a atenção para a importância da Segurança dos Doentes, bem como aumentar o envolvimento da sociedade e dos parceiros nesta área. Este será o terceiro ano consecutivo dessa campanha.
Poderá ver todas as campanhas aqui.
Este ano, o Dia Mundial da Segurança dos Doentes será focado na promoção de ações globais para aumentar a segurança materna e cuidados neonatais – Act now for safe and respectful childbirth!”
A Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa, como Centro Colaborador da OMS Collaborating Center for Education, Research and Evaluation of Safety and Quality in Healthcare irá celebrar, mais uma vez, este dia com um evento público.
Objetivos do Dia Mundial da Segurança do Paciente 2021:
Para mais informações, clique aqui.
O Centro Colaborador é constituído por uma equipa multidisciplinar que integra professores, investigadores, alunos de doutoramento e mestrado, decisores políticos e profissionais de saúde dos diferentes níveis de cuidados.
Adalberto Campos Fernandes, Ana Beatriz Nunes, Andreia Leite, Carlos Palos, Maria João Lobão, Pedro Casaca, Sofia Guerra-Paiva.
Patrícia Sousa Paulo, Mafalda Fernandes, Ana Raquel Soares, Mariama Correia, Joana Estrada, Márcia Ribeiro, Blanca Romero.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define Segurança do Doente como “a redução do risco de danos desnecessários relacionados com os cuidados de saúde, para um mínimo aceitável”. Dentro do contexto mais amplo do sistema de saúde é um “conjunto de atividades organizadas que cria culturas, processos, procedimentos, comportamentos, tecnologias e ambientes nos cuidados de saúde que, de forma consistente e sustentável, diminuem os riscos, reduzem a ocorrência de danos evitáveis, tornam os erros menos prováveis e reduzem o impacto dos danos quando estes ocorrem”.
De acordo com o Plano de Ação Global para Segurança do Doente 2021-2030, da OMS (Global Patient Safety Action Plan 2021-2030), falhas na segurança do doente são reconhecidas como um grande e crescente desafio global da saúde pública, sendo uma das principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo.
Em países de alta renda estima-se que, em média, um em cada dez doentes está sujeito a um evento adverso enquanto recebe atendimento hospitalar. A estimativa para países de baixa e média renda sugere que até um em cada quatro doentes é prejudicado, com 134 milhões de eventos adversos contabilizados anualmente devido ao atendimento inseguro nos hospitais, o que contribui para cerca de 2,6 milhões de mortes. A maioria desses danos ao doente são evitáveis.
Têm sido várias as campanhas da OMS, no âmbito da segurança do doente, ao longo dos anos, com iniciativas nas diferentes áreas dos cuidados de saúde.
Em 2005 a campanha “Clean Care is Safer Care” tinha como objetivo reduzir infeções associadas aos cuidados de saúde (IACS) através da promoção da higiene adequada das mãos. (Launch of the Global Patient Safety Challenge: Clean Care is Safer Care)
Em 2009 foi implementada a lista de verificação cirúrgica da OMS, baseado no projeto “Safe Surgery Saves Lives”, no sentido de melhorar a segurança nas cirurgias e reduzir erros evitáveis durante os procedimentos. (Safe Surgery)
Em 2017 foi lançado o “Desafio Global de Segurança do Doente: Medicamentos sem Danos”, com o objetivo de reduzir para metade os danos graves e evitáveis associados a erros de medicação até 2022. (Medication Without Harm)
De facto, danos relacionados com medicamentos afetam 1 em cada 30 doentes nos cuidados de saúde, sendo que mais de um quarto desses danos é considerado grave ou potencialmente fatal. Metade dos danos evitáveis nos cuidados de saúde está relacionado com medicamentos.
Os erros de medicação representam, assim, um dos principais desafios na segurança do doente, com consequências graves a nível clínico, económico e social. Clinicamente, esses erros podem levar a reações adversas graves, prolongamento do internamento hospitalar, incapacidade permanente e até morte. No aspeto económico, os custos diretos e indiretos são significativos. Globalmente, o impacto financeiro dos erros de medicação pode alcançar biliões de dólares por ano, incluindo despesas médicas adicionais, perda de produtividade e redução do crescimento económico. Além disso, as implicações sociais incluem a perda de confiança nos sistemas de saúde e impactos emocionais severos nos doentes e suas famílias.
Portanto, mitigar os erros de medicação exige esforços coordenados para melhorar a prescrição, a administração e a monitorização, reduzindo assim os danos evitáveis e suas consequências potencialmente graves.
Tendo em conta a pertinência deste tema, é essencial explorar casos clínicos que exemplifiquem esses incidentes, ilustrando não apenas os desafios enfrentados nas práticas de saúde, mas também a identificação de fatores que contribuem para essas falhas.
Analisando casos reais, podemos extrair lições importantes sobre estratégias para melhorar a segurança do doente e reduzir a incidência de erros.
Nesta secção apresentaremos casos de estudo representativos que demonstram erros de medicação, as suas consequências e as intervenções que levaram a melhorias significativas na prática clínica.
Referências bibliográficas: