7ª edição da PG em Gestão de Projetos em Saúde esgota vagas!
Inscrições abertas: NextGen EducaTion by ENSP NOVA
A Universidade NOVA de Lisboa organiza, no próximo dia 12 de dezembro de 2025, o NOVA Science & Innovation Day, um evento dedicado à excelência da investigação e à inovação, que decorrerá na Reitoria da NOVA.
Esta edição promete destacar o papel da ciência e da investigação na transformação da sociedade, através da apresentação de projetos inovadores, debates sobre Ciência Aberta e interdisciplinaridade, e uma Feira de Inovação que refletirá o dinamismo e a força do ecossistema científico e tecnológico da NOVA.
A ENSP NOVA marca presença de forma destacada nesta edição, com três contribuições principais que evidenciam a relevância da escola na investigação e inovação em saúde pública:
A sessão da manhã será marcada pela apresentação de projetos de investigação liderados por investigadores da NOVA e por uma sessão dedicada à Ciência Aberta. Seguir-se-á um momento focado na investigação interdisciplinar.
Durante a tarde, o foco estará na mesa-redonda “FP10 e as implicações para o panorama nacional do novo programa-quadro”, que reunirá especialistas de referência no panorama científico e político. O programa prossegue com a entrega de diplomas aos vencedores do desafio “Narrativas de Impacto na Investigação”, e com uma sessão dedicada à Inovação e Criação de Valor, que trará à luz projetos e spin-offs do ecossistema NOVA.
O evento culminará com a entrega de prémios às melhores flash talks apresentadas por estudantes de doutoramento, que ao longo do dia terão a oportunidade de apresentar os seus projetos em formato pitch, evidenciando a próxima geração de cientistas e inovadores.
Paralelamente, a Feira de Inovação, patente no átrio da Reitoria durante todo o evento, reunirá tecnologias proprietárias, serviços especializados e spin-offs, espelhando a diversidade e o impacto da Universidade no tecido científico e económico nacional.
Consulte o programa completo aqui, e inscreva-se aqui.
Um estudo desenvolvido pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade NOVA de Lisboa (ENSP NOVA), em colaboração com a RD-Portugal – União das Associações de Doenças Raras de Portugal, revela que 68% dos cuidadores informais de pessoas com doenças raras apresentam problemas de dor ou desconforto, e 72% reportam sintomas de ansiedade ou depressão. Mais de metade vive níveis moderados a elevados de sobrecarga, o que compromete o equilíbrio físico, psicológico e emocional.
A investigação envolveu 116 cuidadores, maioritariamente mulheres (85%) e sobretudo mães e pais (88%), com idade média de 46 anos. Apesar de quase metade ter ensino superior, 16% estão desempregados e 12% reformados, uma consequência direta da exigência de cuidar a tempo inteiro. A maioria dedica mais de seis horas por dia à prestação de cuidados e, em 40% dos casos, essa rotina prolonga-se há mais de dez anos.
Outro dado relevante está relacionado com a ausência de formação específica: 81% dos cuidadores nunca receberam preparação formal, embora 96% afirmem sentir-se confiantes na tarefa. No entanto, a confiança não compensa a falta de apoios, com 31% a reportarem que não têm qualquer suporte institucional e apenas 6% usufruem de medidas de “descanso do cuidador”. Entre as necessidades identificadas, 69% gostariam de ter alguém que os substituísse temporariamente para poder descansar, cuidar da própria saúde ou dedicar tempo a outros membros da família.
“Os cuidadores familiares de pessoas com doenças raras são peças fundamentais no apoio diário, mas vivem muitas vezes em silêncio, com sobrecarga acumulada ao longo dos anos. Este estudo confirma que é urgente criar respostas sociais e de saúde que aliviem esta pressão, promovam o autocuidado e melhorem a qualidade de vida destas famílias”, sublinha Ana Rita Goes, docente da ENSP NOVA, responsável pela coordenação do estudo.
As conclusões reforçam a importância de respostas inovadoras de apoio ao cuidador, como o CUIDARaro, um projeto pioneiro da RD-Portugal que proporciona até 20 horas mensais de substituição por cuidadores formais, permitindo períodos de descanso e recuperação. Esta medida, que pode prolongar-se até um ano, representa muito mais do que tempo livre: devolve dignidade, saúde e esperança a quem cuida, enquanto assegura cuidados de qualidade às pessoas com doenças raras.
O estudo, de natureza exploratória, procurou caracterizar a realidade dos cuidadores informais em Portugal, analisando dimensões como a qualidade de vida, a sobrecarga, o acesso a apoios e as condições de saúde física e mental. Os dados mostram ainda que cuidadores mais velhos e aqueles que têm adultos a cargo apresentam piores indicadores de qualidade de vida e maior sobrecarga.